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Apresentação dos Resultados da Projeto Medição da Qualidade do Ar, desmatamento e saúde coletiva

  • Publicado: Terça, 10 de Junho de 2025, 10h51
  • Última atualização em Segunda, 30 de Junho de 2025, 12h25

 

No dia 13 de junho de 2025, às 9h, foi realizada na Câmara de Vereadores de Breves uma sessão especial para a apresentação dos resultados do projeto Medição da Qualidade do Ar – Desmatamento e Saúde Coletiva. A iniciativa faz parte do movimento Respira Amazônia, criado em 2024, e tem como foco o monitoramento da qualidade do ar na região do Marajó, relacionando os impactos do desmatamento com questões de saúde pública.

O evento contou com a presença de:

  • representantes dos Movimentos Sociais;
  • da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Grupo de Trabalho em Educação Ambiental no Marajó (GTEAM) e do Campus Universitário do Marajó-Breves (CUMB);
  • representantes de Secretarias Municipais e;
  • de todas as vereadoras e vereadores da Câmara Municipal.

Durante a sessão, foram apresentados dados obtidos por meio de medições realizadas no sensor instalado no CUMB, que está localizado em uma região de lacuna na gestão do ar, uma vez que o Estado do Pará conta com apenas 8 sensores em funcionamento. Dentre os dados apresentados, foi destacado que, no mês de novembro de 2024 – ápice do período de estiagem e de incidência de fumaça na região de Breves – o índice de Material Particulado PM2.5 atingiu alarmantes 480 μg/m³. Para efeito de comparação, o Programa Nacional de Qualidade do Ar estabelece como 50 μg/m³ o limite máximo tolerável para esse tipo de material.

Os Materiais Particulados, em especial o PM2.5, ao serem inalados, se acumulam em nossos organismos afetando a saúde em diferentes escalas, desde doenças respiratórias até o aumento de risco de ataque cardíaco e de câncer.

Dentre os questionamentos levantados durante a sessão, o mais preocupante foi: “como serão os dados de concentração de PM2.5 em períodos de estiagem mais prolongados?”, visto que esses períodos tendem a se intensificar com as mudanças climáticas. Além disso, foi apontada a necessidade de se conhecer mais aprofundadamente os efeitos do PM2.5 na saúde da comunidade, o que necessitará de um trabalho conjunto com as Secretarias Municipais, especialmente com os Agentes Comunitários de Saúde.

A atividade reforça a importância da ciência e da extensão universitária na produção de conhecimento voltado às necessidades da região, promovendo o diálogo entre universidade, sociedade civil e poder público.

 

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