Movimento Ciência e Vozes da Amazônia realiza encontro no Campus do Marajó-Breves da UFPA para dialogar sobre a COP30
O movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP30 realizou, no dia 30 de maio de 2025, uma apresentação no Campus Universitário do Marajó-Breves (CUMB) da Universidade Federal do Pará (UFPA). A atividade integrou a agenda de mobilizações promovida em diversos campi da UFPA, com o objetivo de ampliar a visibilidade das ações do movimento e engajar a comunidade acadêmica e atores locais na construção de soluções para os desafios das mudanças climáticas na região amazônica.
O encontro foi realizado no auditório Dalcídio Jurandir e contou com a participação de 41 pessoas, entre docentes, discentes, técnicos administrativos, representantes de movimentos sociais, da sociedade civil, das Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Obras, além de membros da Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, artistas locais, lideranças comunitárias e representantes de instituições como ASPARIMUB, Marielles do Marajó, SEMSA, SEMED e IPMB.
Conhecimento e mobilização
A programação foi dividida em dois momentos. O primeiro abordou, de forma didática, os principais conceitos sobre mudanças climáticas, suas causas, consequências e os grupos mais vulneráveis aos seus impactos. No segundo momento, foram apresentadas as ações do movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP30, incluindo o site oficial, o edital de publicações científicas e os boletins já lançados em quatro idiomas, além do curso gratuito sobre os processos da COP30.
"O conhecimento científico precisa estar nas mãos da sociedade. É fundamental que comunidades locais, como as do Marajó, estejam no centro das discussões climáticas. A COP30 é um momento-chave para isso”, destacou o professor Leandro Juen, um dos coordenadores do movimento.
A professora Júlia Cohen, também integrante da equipe, reforçou:
“Visitar os campi da UFPA é estratégico para garantir que a diversidade de vozes da Amazônia esteja presente na COP30. Queremos que todas as ideias, experiências e saberes estejam refletidos nas publicações e eventos que estamos organizando.”
Diálogo com o território
Após a exposição, os participantes se aproximaram para dialogar, tirar dúvidas e manifestar interesse em contribuir com os boletins do movimento e em organizar ações locais. Um dos destaques foi o anúncio de que o Campus de Breves organizará, em setembro, o II Congresso Marajoara de Ciência, Educação e Sociobiodiversidade: vozes do Marajó na COP30? Saberes e Desafios dos povos da Amazônia na Política Global, com o desejo de que o evento seja reconhecido como parte oficial da programação vinculada à COP30. O convite à comissão executiva do movimento para participar já foi realizado.
“É uma honra receber essa atividade em nosso campus. O Marajó pode e deve ser protagonista nas soluções climáticas, valorizando seus saberes, territórios e práticas sustentáveis”, afirmou o professor Silvio Carlos Ferreira Pereira Filho, diretor do campus.
A professora Solange Pereira da Silva também enfatizou a importância do evento:
“A COP30 não pode ser apenas um evento distante. Precisamos trazer o debate para o chão da Amazônia, onde os efeitos das mudanças climáticas já são sentidos cotidianamente.”
Para o coordenador da CPGA, professor Paulo Rafael da Silva Ferreira, o evento reforça o papel da universidade no fortalecimento das comunidades locais:
“Ao dialogar com os territórios, a UFPA cumpre sua missão social. A presença do movimento aqui mostra que o Marajó está conectado às agendas globais.”
Caminhos para a COP30
À tarde, a equipe do movimento realizou uma visita guiada ao campus, acompanhada pelos coordenadores locais. A visita possibilitou conhecer de perto a estrutura física, os projetos em andamento e o trabalho da gestão, com destaque para a interação entre universidade e comunidade.
Redes Sociais